Essenciais para responder ao ponto 4.1
4. A renovação da espiritualidade e religiosidade
4.1 A
REFORMA PROTESTANTE
- Críticas à Igreja
• O
Renascimento provocou uma grave crise na Igreja. A nova visão do
homem e do mundo, mostra que as ideias veiculadas pela Igreja não
estavam de acordo com a nova mentalidade.
• Os
humanistas pretendiam um retorno à pureza do cristianismo primitivo.
Condenavam os membros da igreja não viviam de acordo com os
princípios da Igreja.
• Defendia-se
a necessidade de uma prática mais autêntica e profunda, uma
religiosidade em que existisse uma verdadeira fé.
• A
devoção torna-se mais pessoal, bem como o sentimento de culpa (e a
morte em pecado).
.•
As ordens mendicantes, que condenam o luxo e a imoralidade da Igreja.
• Também
o facto da Burguesia pretender o enriquecimento, leva à crítica à
Igreja, que se opõe à prática da usura e do juro.
- Primeiras crises religiosas
• Século
XIV – heresia de John Wyclif, que contesta a autoridade do clero na
Inglaterra e o pagamento da dízima.
• Século
XV: Jan Huss defende os checos contra o domínio do Império Alemão.
Segundo a sua opinião, ninguém se poderia considerar representante
de Cristo, se não seguisse o exemplo divino.
.•
Grande parte da igreja do século XV tinha-se afastado dos princípios
de pobreza pregados por Cristo e pelos primeiros apóstolos, e
vivia no luxo e na ostentação. A corrupção alastrava dentro da
igreja católica.
- Motivos para o descontentamento:
– Venda
de cargos religiosos: a prática de
simonia
era frequente. Aos cargos mais importantes como Arcebispado, Bispado,
Cónego... chegavam os filhos segundos da nobreza, que viam aí um
meio fácil de enriquecer e ter prestígio.
– Falta
de preparação e vocação dos membros do clero.
– Luxo,
ostentação, vida mundana e imoral dos clérigos. O Papa não era
mais que um importante “monarca” com família e onde a guerra e a
política se sobrepunham à prática do culto. O restante clero
seguia o exemplo do seu chefe. – Venda da Bula das Indulgências.
- Críticas
• Em
1513, o Papa Leão X, decide enviar monges por toda a Europa,
solicitando aos fieis uma contribuição para a conclusão das obras
da Basílica de S. Pedro. Em troca, o Papa concedia uma Indulgência,
isto é um documento que lhes perdoava a penitência pelos seus
pecados.
• Erasmo
de Roterdão (1466-1536), autor da obra “O elogio da Loucura”
critica os abusos do clero e defende a necessidade de uma purificação
da moral e dos costumes.
• Lutero,
monge da ordem de Santo Agostinho, encontra a resposta à sua
inquietação nas cartas de São Paulo, em que lê: o justo pode
salvar-se pela fé. Revolta-se, assim , contra a venda das indulgências.
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