segunda-feira, 22 de outubro de 2012
1.4. MUTAÇÕES NOS COMPORTAMENTOS E NA CULTURA
Eduardo Viana, A Revolta das Bonecas
- As vanguardas: rupturas com os cânones das artes e da
literatura.
No início do séc. XX dão-se profundas transformações na literatura e nas artes, refletindo o espírito da mudança. Representa uma frente comum das artes contra a tradição e um desafio à sociedade.
É a época do Modernismo e das experiências de vanguarda que se caracterizaram por:
1. Rompimento com a arte tradicional: abandono do figurativo (a fotografia passa a ocupar-se da representação do real). A obra de arte ganha autonomia face à realidade, libertando-se da necessidade de a copiar; recusa do academismo que seguia os modelos clássicos, numa representação ideal da Natureza e do Homem (desenho em pormenor, claro-escuro, perspetiva); abandono dos temas tradicionais (temas religiosos, clássicos e históricos);
2. Criação de uma linguagem pictórica própria: carácter bidimensional, sem preocupações de volume e de desenho, dando mais importância à cor; novos temas como a luz, o calor e os estados de alma do pintor, temas do quotidiano; procura da intelectualização da visão.
3. Levar a arte a todos os domínios da actividade humana: levar a arte às habitações, aos espaços urbanos, ao vestuário, mobiliário e até aos objectos de uso quotidiano, na aplicação de um funcionalismo estético que liga a arte à tecnologia, à indústria, ao mundo do quotidiano. Às preocupações funcionais juntam-se agora preocupações estéticas. Como exemplo, surge o Design que transforma os objectos de uso corrente, produzidos industrialmente, em verdadeiras obras de arte.
4. Concepção da arte como uma investigação permanente (busca de novas técnicas, novos materiais). Surgem variadas escolas - Milão, Roma, Berlim, Paris - efémeras, devido ao caráter de pesquisa que leva os pintores a saltarem de escola em escola.
Surge, no séc. XX, o Movimento das Vanguardas, movimento artístico que vai desencadear uma revolução plástica que irá abrir novos caminhos à arte.
Atinge a pintura, a escultura, a arquitectura, o mobiliário, a decoração, a literatura e a música. Os artistas vanguardistas assumem-se como os pioneiros, os «avant-garde», tendo por missão inventar o futuro e criar um mundo novo.
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