Festa camponeses
Peregrinos
3 – A Difusão do Gosto e da Prática das Viagens
a) Viagens de negócios e missões político- diplomáticas
Nos séculos XIII e XIV, os Europeus adquirem uma nova visão do Mundo. Por causa do comércio, abriram-se barreiras para novas regiões. Os mercadores são, naturalmente, grandes viajantes. As viagens de negócio tornaram-se importantes para aumentar os seus negócios e riquezas, ganhando conhecimentos e aprendendo novas línguas, para depois elaborar dicionários e guias de viagem .Além disso, o desenvolvimento do grande comércio criou laços entre os mercadores e os governantes, aliando aos negócios missões político-diplomáticas. Assim, muitos comerciantes desempenharam o papel de embaixadores nas cortes da Europa
b)Romarias e peregrinações
Na Idade Média, a religião assumia contornos muito concretos exprimindo-se pela prática dos actos rituais: a oração, a confissão, a penitência, os jejuns, as peregrinações. Em toda a Cristandade abundavam igrejas, capelas e ermidas que eram objecto de uma devoção especial, quer pelas relíquias que guardavam, quer pelo poder miraculoso das suas imagens ou do seu santo patrono. Um grande número de pessoas acorria a elas em busca de alívio para os seus problemas, para pagar promessas feitas ou em penitência dos seus pecados. Assim, criaram-se dois tipos de deslocações:
As romarias, celebrações organizadas em honra de um santo, numa data fixado ano. Podia fazer-se localmente, obrigando a uma jornada curta (entre um e vários dias). Chegados ao santuário, os romeiros pagavam as suas promessas e participavam das cerimónias religiosas (uma missa e uma procissão). As romarias foram uma das expressões mais notáveis da cultura popular medieval e persistiram até hoje.
As grandes peregrinações, cujo hábito se reavivou a partir do século XI, implicavam uma grande viagem, que podia durar meses ou anos. Entre os muitos locais de peregrinação da Cristandade ocidental, havia três que ocupavam um lugar cimeiro: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela. Estas peregrinações preparavam-se cuidadosamente, tendo, também, dado origem a guias especializados, como o Guia de Santiago. Chegados ao seu destino, os peregrinos recebiam a bênção e as indulgências próprias do local e ouviam uma missa votiva pro peregrinantibus destino, os peregrinos recebiam a bênção e as indulgências próprias do local e ouviam uma missa votiva
pro peregrinantibus.
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