2.1. Mutações
sociopolíticas e novo modelo económico
- O debate do Estado-Nação; a
explosão das realidades étnicas; as questões transnacionais: migrações,
segurança, ambiente.
2.1.1. O debate do
Estado-Nação
O Estado-Nação
surge como um dos principais legados do
liberalismo no século XIX.
No século XX, os Estados-Nação registam uma
expansão planetária, tornando-se o elemento
estruturador da ordem política internacional.
Reconhecem, todavia, os especialistas que a fórmula do Estado-Nação, considerada
modelo de organização política mais coerente do ponto de vista jurídico e mais
justo, se revela hoje ineficaz,
face aos desafios que a nova ordem internacional provoca.
Um conjunto de factores determina a crise do
Estado-Nação.
São forças desintegradoras a nível local e regional:
· os conflitos
étnicos;
· nacionalismos
separatistas (basco e catalão);
· crescente valorização
das diferenças e especificidades de grupos e indivíduos;
· no plano supranacional, os processos de integração económica e política afetam a
confiança dos cidadãos nas capacidades dos estado-nação para assumir as
suas responsabilidades;
· os mecanismos de funcionamento de uma
economia globalizada criaram fluxos
financeiros a nível global que escaparam ao controlo e à fiscalidade dos
estado-nação;
· questões transnacionais como a emergência do terrorismo e da
criminalidade internacional também contribuíram para a crise dos
estado-nação.
Mais do que nunca, mostram-se necessários os
esforços concertados de autoridades supra e transnacionais para responder aos
complexos desafios de um novo mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário