sexta-feira, 14 de junho de 2013

2. A viragem para uma outra era



2.1. Mutações sociopolíticas e novo modelo económico
- O debate do Estado-Nação; a explosão das realidades étnicas; as questões transnacionais: migrações, segurança, ambiente.

 
A crise do estado-nação

2.1.1. O debate do Estado-Nação


O Estado-Nação surge como um dos principais legados do liberalismo no século XIX.
 
No século XX, os Estados-Nação registam uma expansão planetária, tornando-se o elemento estruturador da ordem política internacional.

Reconhecem, todavia, os especialistas que a fórmula do Estado-Nação, considerada modelo de organização política mais coerente do ponto de vista jurídico e mais justo, se revela hoje ineficaz, face aos desafios que a nova ordem internacional provoca.

Um conjunto de factores determina a crise do Estado-Nação

São forças desintegradoras a nível local e regional:

·        os conflitos étnicos;

·         nacionalismos separatistas (basco e catalão);

·         crescente valorização das diferenças e especificidades de grupos e indivíduos;

·         no plano supranacional, os processos de integração económica e política afetam a confiança dos cidadãos nas capacidades dos estado-nação para assumir as suas responsabilidades;

·         os mecanismos de funcionamento de uma economia globalizada criaram fluxos financeiros a nível global que escaparam ao controlo e à fiscalidade dos estado-nação;

·         questões transnacionais como a emergência do terrorismo e da criminalidade internacional também contribuíram para a crise dos estado-nação.

Mais do que nunca, mostram-se necessários os esforços concertados de autoridades supra e transnacionais para responder aos complexos desafios de um novo mundo.

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