Módulo
2 – DINAMISMO
CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII A XIV – ESPAÇOS, PODERES E
VIVÊNCIAS (2)
2. O espaço
português – a consolidação de um reino cristão ibérico
Conceitos/Noções
Reconquista*
Concelho*
Carta de foral
Mesteiral
Imunidade*
Vassalidade *
Monarquia feudal*
Cúria
Cortes/Parlamentos*
Inquirições
Legista
*Conceitos
estruturantes
Reconquista* - Nome dado ao conjunto de
operações militares desencadeadas pelos cristãos,na Península Ibérica, com a
finalidade de expulsar os muçulmanos que aí se haviam instalado desde o século VIII.
Concelho *- Povoação característica da
Península Ibérica onde o poder local era exercido com grande autonomia em
relação ao poder central.
Carta de foral - "Diz-se foral
ou carta de foral, o diploma concedido pelo rei, ou por um senhorio laico ou
eclesiástico, a determinada terra, contendo normas que disciplinam as relações
dos seus povoadores ou habitantes entre si e destes com a entidade outorgante." Na carta de
foral estabeleciam-se os direitos e os deveres dos moradores garantindo-lhe uma
grande autonomia em relação ao rei ou ao senhor proprietário da terra.
Mesteiral - Artífice que na Idade Média trabalhava nos
ofícios, tais como ourives, sapateiros, os correeiros, cordoeiros. Exerciam as suas atividades
nas cidades, organizados por ruas segundo a sua atividade. Ajudavam-se e
vigiavam-se mutuamente. Estavam associados em confrarias, que os protegiam em
caso de necessidade. Cada ofício
tinha um santo protetor. Estavam organizados em corporações segundo o ofício (corporação
dos sapateiros)que regulamentavam a sua atividade.
Imunidade * - Privilégio
que consiste em impedir aos delegados do rei a entrada nas terras de um nobre,
de um bispado ou de uma abadia para aí exercer o poder público.
Vassalidade * - Relação
hierárquica entre dois indivíduos, criando entre eles uma dependência pessoal,
alicerçada numa reciprocidade de direitos e deveres (fidelidade, ajuda,
conselho). Essa dependência pessoal derivava do facto de um dos senhores (o
suserano) atribuir um bem (terra, castelo, rendas, cargo) — também chamado de
benefício ou feudo — a outro senhor (o vassalo).
Monarquia feudal*
- Nesta organização política o poder dos réis era fragmentado e limitado aos
seus próprios domínios. Os senhores feudais detinham o poder nos seus domínios.
A principal característica da monarquia feudal era a fragmentação do poder
político. O rei tinha pouca ou nenhuma autoridade e, em troca de ajuda militar,
cedia grandes propriedades aos nobres, os feudos.
Cúria - Era um
conjunto de conselheiros do rei que funcionava como órgão consultivo de apoio à administração do
reino. Nela debatiam-se todos os problemas relativos à
administração do reino, e a Cúria tinha ainda importantes funções judiciais.
As reuniões ordinárias da Cúria contavam com a presença dos membros da corte que acompanhavam o rei. Porém, quando os assuntos a tratar tinham uma dimensão nacional, o monarca convocava uma Cúria extraordinária, em que participavam também outros elementos que asseguravam a funcionalidade do reino.
As reuniões ordinárias da Cúria contavam com a presença dos membros da corte que acompanhavam o rei. Porém, quando os assuntos a tratar tinham uma dimensão nacional, o monarca convocava uma Cúria extraordinária, em que participavam também outros elementos que asseguravam a funcionalidade do reino.
Cortes/Parlamentos* - Assembleias convocadas
pelo rei com a finalidade de obter conselho ou parecer sobre os assuntos que ele
entendesse. Nestas assembleias estavam representadas as três ordens sociais
(clero, nobreza e povo) que aproveitavam para fazer petições ao rei, expor
situações de abuso por parte dos funcionários régios ou mesmo, manifestar
discordância em relação a determinações do rei.
Inquirições – Inquéritos mandados
fazer pelos réis portugueses sobre a propriedade das terras, com o objetivo de
reprimir os abusos cometidos pela nobreza e determinar a verdadeira extensão
das propriedades régias.
Legista – Grupo social que surge a
partir do século XII, na Europa ocidental, normalmente filho de burgueses que estuda
na Itália (universidade de Bolonha) o direito romano.
É nos legistas que os réis se vão apoiar para centralizar o poder real.
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