terça-feira, 11 de junho de 2019

EXAME NACIONAL HISTÓRIA A - 2019 - 10º ANO


Essenciais para responder ao ponto 4.1




4. A renovação da espiritualidade e religiosidade


4.1 A REFORMA PROTESTANTE
  1. Críticas à Igreja
O Renascimento provocou uma grave crise na Igreja. A nova visão do homem e do mundo, mostra que as ideias veiculadas pela Igreja não estavam de acordo com a nova mentalidade.
Os humanistas pretendiam um retorno à pureza do cristianismo primitivo. Condenavam os membros da igreja não viviam de acordo com os princípios da Igreja.
Defendia-se a necessidade de uma prática mais autêntica e profunda, uma religiosidade em que existisse uma verdadeira fé.
A devoção torna-se mais pessoal, bem como o sentimento de culpa (e a morte em pecado).
.• As ordens mendicantes, que condenam o luxo e a imoralidade da Igreja.
Também o facto da Burguesia pretender o enriquecimento, leva à crítica à Igreja, que se opõe à prática da usura e do juro.
  1. Primeiras crises religiosas
Século XIV – heresia de John Wyclif, que contesta a autoridade do clero na Inglaterra e o pagamento da dízima.
Século XV: Jan Huss defende os checos contra o domínio do Império Alemão. Segundo a sua opinião, ninguém se poderia considerar representante de Cristo, se não seguisse o exemplo divino.
.• Grande parte da igreja do século XV tinha-se afastado dos princípios de pobreza pregados por Cristo e pelos primeiros apóstolos, e vivia no luxo e na ostentação. A corrupção alastrava dentro da igreja católica.
  1. Motivos para o descontentamento:
Venda de cargos religiosos: a prática de simonia era frequente. Aos cargos mais importantes como Arcebispado, Bispado, Cónego... chegavam os filhos segundos da nobreza, que viam aí um meio fácil de enriquecer e ter prestígio.
Falta de preparação e vocação dos membros do clero.
Luxo, ostentação, vida mundana e imoral dos clérigos. O Papa não era mais que um importante “monarca” com família e onde a guerra e a política se sobrepunham à prática do culto. O restante clero seguia o exemplo do seu chefe. – Venda da Bula das Indulgências.
  1. Críticas
Em 1513, o Papa Leão X, decide enviar monges por toda a Europa, solicitando aos fieis uma contribuição para a conclusão das obras da Basílica de S. Pedro. Em troca, o Papa concedia uma Indulgência, isto é um documento que lhes perdoava a penitência pelos seus pecados.
Erasmo de Roterdão (1466-1536), autor da obra “O elogio da Loucura” critica os abusos do clero e defende a necessidade de uma purificação da moral e dos costumes.
Lutero, monge da ordem de Santo Agostinho, encontra a resposta à sua inquietação nas cartas de São Paulo, em que lê: o justo pode salvar-se pela fé. Revolta-se, assim , contra a venda das indulgências.

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