sábado, 29 de junho de 2019

EXAME NACIONAL HISTÓRIA A - 2019 - 10º ANO




 Essenciais para responder ao ponto 4.2



D. Manuel I

Damião de Góis

Garcia de Horta

Auto de fé

Sé Nova, Coimbra

Sé Nova, Coimbra








O impacto da Reforma Católica na sociedade portuguesa
A posição geográfica da Península Ibérica explica, a quase ausência de movimentos religiosos reformistas protestantes
Existia uma grande comunidade judaica, bem enraizada na sociedade portuguesa.
No final do séc. XV, em Espanha, os Reis Católicos reativaram a Inquisição como forma de limitar a poderosa comunidade judaica. Estes foram perseguidos não só pelas suas diferenças religiosas, mas principalmente por razões económicas.
Os judeus foram então expulsos ou forçados a converter-se ao Cristianismo. Esta mesma medida faria parte do contrato de casamento de D. Manuel com a filha dos reis católicos espanhóis.

Em Portugal
Após a expulsão dos judeus de Espanha, muitos fixaram-se me Portugal, sendo aceites por D. João II.
Em 1496 D. Manuel I ordena a expulsão dos judeus que não se convertessem à fé católica. Para impedir a perda financeira que tal representaria, o rei ordena o batismo forçado dos judeus, que passam a ser conhecidos pela designação de cristãos-novos.
D. João III promove o desenvolvimento e a circulação de ideias, com a vinda de estrangeiros para o reino, a criação do Colégio das Artes e a transferência da Universidade para Coimbra.
Na segunda fase do seu reinado, manifesta-se um encerramento à cultura renascentista e ao humanismo cristão, considerado nefasto.
A Inquisição instala-se então em Portugal, por insistência do rei junto do papado, e viria a completar as ações que se levaram a cabo em nome da pureza da religião católica.
Os alvos preferenciais da Inquisição foram os judeus e os marranos, o que provocou o enfraquecimento da Burguesia e a sua substituição no comércio por nobres e cavaleiros-mercadores.
A presença da Inquisição em Portugal, embora solicitada desde cedo pelos reis, era desnecessária, pois os protestantes eram quase inexistentes e os judeus, ou já tinham sido expulsos ou tinham sido forçados à conversão (os que escolheram a conversão forçada passaram a ser designados por cristãos novos).
Para justificar a presença da Inquisição, iniciou-se uma grande perseguição contra os cristãos-novos acusados de judaísmo. Outros alvos foram os homens cultos, como Damião de Góis e todos os que eram acusados de bruxaria.
A Inquisição tornou-se também um meio usado para a centralização do poder régio, ao mesmo tempo que se exercia o controlo da ascensão social.
A chegada da Companhia de Jesus em 1540 permitiu o processo de missionação em terras portuguesas ultramarinas, bem como de domínio das mais importantes estruturas educacionais portuguesas.
Durante todo o século XVI verificou-se um domínio completo do país pela Inquisição e pela Companhia de Jesus.
Foram realizados milhares de autos-de-fé, cerimónia pública em que os condenados pela Inquisição ouviam as acusações e as penas a que seriam sujeitos.
Esta situação terminou, finalmente,com as medidas tomadas pelo Marquês de Pombal.
Em Portugal, as severas medidas da Contra Reforma foram assim responsáveis por um atraso cultural que se prolongou por muitas décadas.
A censura às obras escritas intensificou-se sendo cada vez mais frequentes e extensas listas de obras proibidas.
A presteza das autoridades portuguesas em cumprir as medidas repressivas de Roma levaram ao exílio de inúmeros intelectuais nacionais e grandes nomes do panorama económico, em especial judeus que se refugiaram na Holanda, onde refizeram a sua vida e o seu património.
Deve-se ainda aludir à arte, uma vez que o catolicismo da Contra Reforma se serviu do esplendor da arte barroca para atrair os fiéis à “luz da Verdade”, destacando-se em Portugal o Convento de Mafra e a igreja de Santa Engrácia.







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