quarta-feira, 3 de abril de 2013

2. Portugal do autoritarismo à democracia (2)



2.1. Imobilismo político e crescimento económico do pós - guerra a 1974


-  Emigração


- Redução da emigração nas décadas de 30 e 40 devido à Grande Depressão e à 2ª Guerra Mundial

- Período de crescimento demográfico intenso
- Sobrepovoamento do país

- Excesso de mão-de-obra

- Êxodo rural para as cidades do litoral e sobretudo para o estrangeiro



Emigrantes portugueses na década de sessenta do século XX

Bidonville, bairros dos emigrantes portugueses em Paris




- Década de 60 – período de emigração mais intenso de toda a nossa história


1. Caraterísticas desta emigração

- Atração pelos altos salários do mundo industrializado

- Fuga ao recrutamento para a guerra colonial

- População ativa do sector primário, predominando o escalão entre os 15 e 19 anos

- De todo o Portugal com destaque para o Norte e Ilhas

- Para Velho Continente necessitado de mão-de-obra (França sobretudo – recordar os 30 anos gloriosos) e também América do Norte e do Sul

- Emigração clandestina – sair “a salto”


2. Consequências da emigração
 
- O Estado procurou salvaguardar os interesses dos emigrantes portugueses

- Regalias sociais e livre transferência, para Portugal, das remunerações amealhadas

- Importância das remessas dos emigrantes para o equilíbrio da balança de pagamentos e para o aumento do consumo interno

- Despenalização da emigração clandestina exceto os que não cumpriam os deveres militares

- Supressão de alguns entraves como o da exigência de diplomas escolares


3. Significado da emigração
 
- Sinal de pobreza e de subdesenvolvimento

- Escassez de trabalhadores ativos

- Envelhecimento da população

- Relações familiares afectadas

- Desertificação das aldeias do interior

- Para o Estado Novo – fator de pacificação social e de equilíbrio económico

- Permitiu ajustar o mercado do trabalho e fez entrar volumosas quantias de divisas


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