terça-feira, 23 de abril de 2013

2. Portugal do autoritarismo à democracia (8)





- A “primavera marcelista”: reformismo político não sustentado; o impacto da guerra colonial.

 
Marcello Caetano


“Evolução na continuidade”, concedendo aos Portugueses a “liberdade possível
 1. Sinais de abertura

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Faz regressar do exílio algumas personalidades
* Modera a atuação da PIDE (que passará a chamar-se Direção- Geral de Segurança – DGS)
* Ordena o abrandamento da censura
* Abre a União Nacional
* Alarga o sufrágio feminino (a todas as mulheres escolarizadas) – permitiu maior liberdade de campanha à oposição
* Consulta dos cadernos eleitorais
* Fiscalização das mesas de voto.
2. ato eleitoral 
  •   Atropelos aos princípios democráticos e o mesmo resultado de sempre: 100% para a União Nacional; 0% para a oposição.
  • Representação dos liberais na Assembleia Nacional
  •   Marcello Caetano perdeu o apoio dos liberais,  alvo da hostilidade dos núcleos mais conservadores.
    • Repressão à agitação estudantil, greves, ações bombistas
    • Marcello Caetano liga-se  à direita e desrespeita a sua política inicial
    • As associações de estudantes são encerradas A legislação sindical aperta-se
    • A PIDE/DGS desencadeia uma nova vaga de prisões
    • Opositores são novamente remetidos ao exílio
    • Este processo de abertura termina em 1972, quando Américo Tomás, já com 77 anos ,é reconduzido ao cargo de presidente da República.
3.  O impacto da guerra colonial
  • As altas patentes das Forças Armadas puseram, como única condição, que Marcello Caetano mantivesse a guerra em África.
  •         Marcello Caetano redigiu um projeto de revisão do estatuto das colónias, no sentido de as encaminhar para a “autonomia progressiva””
  •       A luta armada endureceu - controlada em Angola e Moçambique - na Guiné, o PAIGC adquiriu controlo sobre quase todo o território
 
  •        Marcello Caetano fica prisioneiro das forças salazaristas
 4. Situação interna
            Os deputados liberais começam, em sinal de protesto, a abandonar a Assembleia Nacional
 
    O general António de Spínola, herói da guerra da Guiné, que publica a obra Portugal e o Futuro. livro que influencia os jovens oficiais (contestava a politica colonial, defendia a liberalização do regime, a adesão de Portugal à CEE e o fim da guerra colonial, com a constituição de uma federação de Estados)
       Marcello de Caetano percebeu “que o golpe militar (…) era inevitável
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                       5.  Externamente, cresceu o isolamento português
 

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  • 1970 -  o papa Paulo VI recebe os líderes dos movimentos do MPLA, FRELIMO e PAIGC  Reconhecimento da justa luta pela independência
  • Na ONU, agrava-se a luta diplomática
  •       1973 - a Assembleia Geral da ONU reconhece a independência da Guiné-Bissau, à revelia do Estado português.
  •        Visita oficial de Marcello Caetano ao Reino Unido decorre no meio de protestos populares e de uma forte segurança policial. Denúncia de crimes de guerra pela forças portuguesas
 

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