quarta-feira, 3 de abril de 2013

2. Portugal do autoritarismo à democracia (3)



2.1. Imobilismo político e crescimento económico do pós - guerra a 1974


Surto industrial e urbano 


- A autarcia pretendida pelo Estado Novo não atingiu os seus objectivos

- Portugal continuava dependente de fornecimento estrangeiro de matérias-primas, energia, bens de equipamento, adubos, alimentos….

- A guerra trouxe a penúria e a carestia

- Necessidade do País se desenvolver a nível agrícola e industrial

1945 – Lei do fomento e reorganização industrial

- O objectivo da política industrial era a substituição das importações por produtos nacionais

- Portugal continua no pós-guerra a seguir o ideal de autarcia que o colocava à margem da economia mundial

- Numa aparente contradição, o país assinou, em 1948, o pacto fundador da OECE, integrando-se nas estruturas de cooperação previstas pelo Plano Marshall (apesar de pouco ter beneficiado)

- A participação na OECE obrigou ao planeamento económico, conduzindo à elaboração dos Planos de Fomento
 
Siderurgia do Seixal

Porto de Sines



 
Salazar visita feira das indústrias

PLANOS DE FOMENTO

- I Plano de Fomento (1953-1958), não rejeita a nossa “vocação” de país agrícola, embora reconheça a importância da industrialização para a melhoria do nível de vida

- Criação de infra-estruturas (eletricidade, transportes e comunicações)

- II Plano de Fomento (1959-1964) – o setor a privilegiar é indústria transformadora de base (siderurgia, refinação de petróleos, adubos, químicos, celulose, …)

- Apesar de mais ambicioso mantém-se o objetivo da substituição das importações e a lei do condicionamento industrial
 
- Neste período, Portugal integra-se na economia mundial e europeia

- Em 1960, torna-se um dos países fundadores da EFTA – Associação Europeia de Comércio Livre (AECL) 

- Criação do BIRD, FMI e GATT – a adesão a estas organizações marca a inversão da política de autarcia do Estado Novo

- Plano Intercalar de Fomento (1965-1967) tem em conta as exigências da concorrência externa e a necessidade de rever o condicionamento industrial

- III Plano de Fomento (1968-1973) – orientação completamente nova: importância da concorrência e do mercado, concentração empresarial, política agressiva de exportações e captação de investimentos estrangeiros, sobretudo se portadores de novas tecnologias

- Consolidação dos grandes grupos económico-financeiros

- Aceleração do crescimento nacional

- No entanto, o pesado fardo da guerra colonial evidenciou o enorme atraso face à Europa desenvolvida

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