sábado, 26 de março de 2011

5. Valores, Vivências e Quotidiano


1 – A Experiência Urbana O mundo urbano, ao contrário do mundo rural, contribuiu decisivamente, alterando valores e vivências quotidianas, para o declínio da época medieval


Uma nova sensibilidade artística: o Gótico

O burguês é um homem orgulhoso de si próprio e da sua cidade, não se poupando, por isso, a esforços para e embelezar e engrandecer. Um novo estilo artístico, o Gótico, dá expressão ao orgulho citadino. As torres dos palácios e das igrejas tinham grandes alturas que faziam com que pudessem ser vistas de longe, anunciando a importância da cidade. A arte gótica permaneceu intimamente ligada à arquitectura e teve a sua melhor expressão na catedral. O que distingue imediatamente as catedrais góticas é a sua elevação e verticalidade. São impressionantes pelo exterior imponente e abundantemente decorado e pelo interior amplo, elevado e luminoso, graças ao vitrais. Das características do estilo gótico podemos realçar:

•O arco quebrado – vem substituir o arco de volta inteira utilizado na arte românica e confere aos portais interiores um aspecto de verticalidade e elevação .

•A abóbada de cruzamento de ogivas – o cruzamento de arcos diagonais de suporte de ogivas permite descarregar o peso, não sobre as paredes, mas sobre os pilares, possibilitando a construção de paredes mais finas, preenchidas com vitrais e seguras de igual forma.
• O arcobotante – compõe-se de duas partes: o estribo (ou contraforte) e um ou mais arcos que apoiam as paredes da nave central. Elementos da catedral gótica :A catedral tem ainda pilares e vitrais. Fecho da abóbada Cruzamento de ogivas

Nave central

Nave lateral

Durante o século XIII, a relação arquitectura-escultura é tão intensa que, muitas vezes, os próprios canteiros são escultores. Serenas, de um naturalismo idealizado, as esculturas góticas perfilam-se de forma ordenada e simétrica. Para além do valor artístico, as esculturas das catedrais mantêm o valor doutrinal que já assumia no estilo românico. Elas são o “livro de imagens” da Cristandade, relatando a vida e a lenda dos santos, os passos do Antigo e do Novo Testamento

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