segunda-feira, 5 de novembro de 2012

1.5. Portugal no primeiro pós-guerra

- Tendências culturais: entre o naturalismo e as vanguardas.


  
O segundo modernismo (Anos 20 e 30)

A morte prematuras de Sá-Carneiro, Santa-Rita e Amadeo, o regresso dos
Delaunay a França e a partida de Almada para Paris encerrou o primeiro
modernismo português. 

O segundo modernismo português reuniu também, homens das letras e das artes.
Nas letras desatacaram-se José Régio, Adolfo Casais Monteiro e João Gaspar Simões.

Como modernistas que eram, foram marginalizados, não sendo compreendidos nem pela crítica nem pelo público.
Davam a conhecer o seu trabalho através de:
 Exposições independentes
decoração de espaços como Bristol Club e A Brasileira do Chiado;
ilustrando revistas tais como: Domingo Ilustrado, ABC, Ilustração Portuguesa, Sempre Fixe, etc.
Cartaz, Bristol Club

Capa Revista ABC

Capa Revista ABC





























Publicaram duas revistas: Contemporânea e Presença.
Revista Presença

Revista Presença

Capa Revista Contemporânea de Almada Negreiros



Destacaram-se no segundo modernismo os pintores Dórdio Gomes, Mário Eloy e Abel Manta. 

Dois banhistas, Dórdio Gomes, 1928

Mário Eloy











Abel Manta, Vista de Gouveia, 1925

  
No segundo modernismo Almada Negreiros regressou e é dele a capa do primeiro número da revista Contemporânea.

Em 1933, António Ferro, jornalista e admirador do modernismo, é nomeado Chefe do Secretariado de Propaganda Nacional (controlava a arte e a cultura durante o Estado Novo).

António Ferro contratou os modernistas com o objetivo destes transmitirem a imagem que o Estado Novo pretendia mostrar.

Os modernistas passam a representantes da arte oficial.

Almada Negreiros foi autor de cartazes de propaganda do Estado Novo.
Cartaz apelando ao voto na Constituição de 1933, Almada Negreiros

















Caratz de propaganda à Constituição de 1933, Almada Negreiros



Esta subordinação do modernismo ao salazarismo é contestada pelo pintor António Pedro que promove, na década de 30, uma exposição de artistas independentes que pretendida ser uma homenagem aos membros do primeiro modernismo.

Na década de 40, António Pedro vai ser um dos introdutores do surrealismo em Portugal. António Pedro opunha-se à arte oficial. 

António Pedro, pintor surrealista







 

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