- Tendências culturais: entre o naturalismo e as vanguardas.
Confronto entre o
Portugal naturalista e o Portugal vanguardista e modernista
Pinturas naturalistas portuguesas
Pinturas vanguardistas portuguesas
Portugal permanecia acomodado aos padrões estéticos, baseados no naturalismo, no figurativo e no academismo.
Apreciava-se a pintura académica que
obedecia às regras aprendidas nas academias de Belas-Artes. A pintura tinha
como temas principais vida popular, os costumes rurais, as paisagens rurais e marinhas, cenas bucólicas e ambientes urbanos sempre representadas de forma
realista.
O novo poder republicano,
nacionalista e eleitoralista apreciava e acarinhava as velhas tendências
culturais, dado que refletiam a essência do portuguesismo e justificavam os
esforços de promoção cívica (social e cultural) em que a República se
empenhava.
Desde 1911, artistas plásticos e
escritores como Santa - Rita, Amadeo de Souza-Cardoso, Mário de Sá Carneiro,
Fernando Pessoa, Eduardo Viana, entre outros, lutavam por colocar Portugal no
mapa cultural da Europa.
Muitos deles tinham estudado em Paris e lá se
fascinaram com as vanguardas artísticas do tempo.
De costas voltadas para o
academismo, revelaram-se cosmopolitas.
Substituíram a iconografia rústica,
melancólica e saudosa pelo mundanismo boémio;
esquematizavam
em vez de pormenorizarem;
apoiavam-se no plano (abandono da perspetiva)
procuravam
a originalidade e experimentavam.
Foram cubistas, impressionistas,
futuristas, abstracionistas, expressionistas, surrealistas.
Ao atacarem alicerces da sociedade
burguesa, nomeadamente os seus gostos e valores culturais, os modernistas
receberam a indignação e o sarcasmo (os quadros da primeira exposição de Amadeo
de Souza-Cardosa chegaram a ser cuspidos).
Realizaram
exposições independentes, publicações periódicas e decoravam espaços públicos à
luz das novas tendências vanguardistas procurando desse modo divulgar as novas tendências.
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