2.2. As opções totalitárias
- Os fascismos, teoria e práticas: uma nova ordem nacionalista,
antiliberal e antissocialista; elites e enquadramento das massas; o culto da
força e da violência e a negação dos direitos humanos; a autarcia como modelo
económico
Introdução
Os governos totalitários surgiram na Europa como resposta
às crises económicas. Na Itália o fascismo implantou-se em 1922 – Mussolini -,
na sequência da crise económica imediata da 1ª Guerra Mundial. O nazismo alemão
foi o resultado da crise económica dos anos trinta. Em 1933 a Alemanha iria ser
sujeita a um regime totalitário chefiado por Hitler.
A Europa
decadente facilitou a ascensão do fascismo na Itália
Conjuntura económica, financeira e social
a) Causas do défice
financeiro e consequente endividamento
-
As despesas de
guerra, as quais determinaram um aumento das importações
(nomeadamente de armas, alimentos, matérias-primas e capitais) – Europa
endividou-se face aos EUA.
-
As indemnizações
de Guerra que os países derrotados – (Alemanha, Áustria, Hungria,)
tiveram de pagar aos vencedores
-
O lento processo
de reconstrução
dos diversos sectores produtivos – indústria, agricultura e comércio –
entretanto destruídos pela guerra
-
Transformação da
indústria de guerra em indústria de paz
-
A reconstrução
das cidades flageladas pela guerra
-
O recurso a
avultados empréstimos junto dos EUA para relançar as infra-estruturas
económicas
b) Consequências do
défice financeiro
- Grande
vaga inflacionista (subida de
preços), motivada pelo aumento das despesas e redução das receitas públicas,
que conduziram ao agravamento dos défices orçamentais dos países europeus e,
ainda, motivada, também, pelo aumento da circulação da massa monetária que não
era acompanhada pelo aumento da produtividade.
c) Descontentamento social generalizado, sobretudo nos setores
proletários e classes médias detentoras de rendimentos fixos – muito penalizados pelo
aumento sistemático do custo de vida e pela subida dos impostos
d) Descrença nas capacidades da
Democracia enquanto
sistema político justo e eficaz. Difunde-se a ideia de que um poder forte e pessoal resolveria os
problemas da sociedade.
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