O
segundo modernismo (Anos 20 e 30)
A morte prematuras de
Sá-Carneiro, Santa-Rita e Amadeo, o regresso dos
Delaunay a França e a partida
de Almada para Paris encerrou o primeiro
modernismo português.
O segundo modernismo português reuniu também,
homens das letras e das artes.
Nas letras desatacaram-se José
Régio, Adolfo Casais Monteiro e João Gaspar Simões.
Como
modernistas que eram, foram marginalizados, não sendo compreendidos nem pela crítica
nem pelo público.
Davam a conhecer o seu trabalho através
de:
Exposições independentes;
decoração de espaços como Bristol Club e A Brasileira
do Chiado;
ilustrando revistas tais como: Domingo Ilustrado, ABC, Ilustração Portuguesa, Sempre Fixe, etc.
Cartaz, Bristol Club |
Capa Revista ABC |
Capa Revista ABC |
Publicaram duas revistas: Contemporânea e Presença.
Revista Presença |
Revista Presença |
Capa Revista Contemporânea de Almada Negreiros |
Destacaram-se no segundo modernismo os pintores Dórdio
Gomes, Mário Eloy e Abel Manta.
Dois banhistas, Dórdio Gomes, 1928 |
Mário Eloy |
Abel Manta, Vista de Gouveia, 1925 |
No segundo modernismo Almada Negreiros
regressou e é dele a capa do primeiro número da revista Contemporânea.
Em 1933, António Ferro, jornalista e admirador
do modernismo, é nomeado Chefe do Secretariado
de Propaganda Nacional (controlava a arte e a cultura durante o Estado
Novo).
António Ferro contratou os modernistas com o objetivo destes transmitirem a imagem que
o Estado Novo pretendia mostrar.
Os
modernistas passam a representantes da arte oficial.
Almada
Negreiros foi autor de cartazes de propaganda do Estado Novo.
Cartaz apelando ao voto na Constituição de 1933, Almada Negreiros |
Caratz de propaganda à Constituição de 1933, Almada Negreiros |
Esta
subordinação do modernismo ao salazarismo é contestada pelo pintor António
Pedro que promove, na década de 30, uma exposição de artistas independentes que
pretendida ser uma homenagem aos membros do primeiro modernismo.
Na
década de 40, António Pedro vai ser um dos introdutores do surrealismo em Portugal. António
Pedro opunha-se à arte oficial.
António Pedro, pintor surrealista |
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