segunda-feira, 22 de outubro de 2012

1.4. Mutações nos comportamentos e na cultura




Freud e a libertação do ego



























- A descrença no pensamento positivista e as novas
concepções científicas.



A Psicanálise de Freud e seu impacto nos comportamentos, na cultura e na arte


Freud, médico neurologista e professor da Universidade de Viena, cria a Psicanálise que vem questionar o poder absoluto da razão sobre o comportamento humano.

A Psicanálise surgiu inicialmente como um método de determinação das causas das neuroses e como terapia de tratamento (a partir da interpretação dos sonhos, da associação livre e da hipnose).

Depois, deu origem a uma doutrina psicológica sobre os nossos processos mentais e emocionais, um método de investigação e uma técnica terapêutica para tratamento de neuroses e psicoses.

Segundo Freud, a “psique” humana estava estruturada a três níveis:

- o «infra-ego» (id), parte mais profunda da psique (o inconsciente que abarca um conjunto de impulsos e forças instintivas que buscam a satisfação imediata);

- o «superego», a parte subconsciente (uma parte inconsciente, mas a um nível menos profundo. Está ligado à interiorização das proibições morais e éticas.

Está sempre vigilante em relação aos nossos comportamentos
);

- o «ego» (eu) ou consciente (é ele que decide se um impulso pode ou não ser satisfeito).

Segundo Freud, as causas das neuroses estariam no facto de muitos impulsos instintivos e recordações desagradáveis terem sido reprimidas para o inconsciente da vida mental, onde aparecem recalcados, vindo a gerar neuroses.

É a censura que não os deixa aparecer.

A função terapêutica da Psicanálise seria o de conseguir trazer à consciência essas forças recalcadas inconscientes. Seria ir à procura das origens dessas neuroses. Tal conduziria à descompressão do que estava recalcado e dessa consciência começava o caminho para a cura.

A Psicanálise influenciou as inovações literárias e artísticas da 1ª metade do séc. XX.

Escritores e artistas inspiraram-se nas concepções psicanalíticas, encontrando no mundo aberto da Psicanálise uma fonte de inspiração e uma influência libertadora: na Literatura surgem personagens freudianas com neuroses; na Arte surgem correntes como o Surrealismo que tentam penetrar para além do nível consciente da percepção. Representam o mundo do sonho. É no sonho, liberto da censura, que os recalcamentos se libertam e se manifestam.

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