Lenine foi o rosto da revolução soviética.
Após a revolução de fevereiro (março) e constituído o governo provisório liderado por Kerensky, as reivindicações dos “sovietes” não foram satisfeitas.
A Rússia não saiu da guerra, a miséria continuava a grassar entre a maioria da população, a fome alastrava.
Esta situação provocou grande descontentamento com o novo governo. Os sovietes organizavam manifestações de protesto nas principais cidades, faziam uma forte propaganda a favor de uma nova revolução, agora de natureza marxista, defendida pelos bolcheviques.
Lenine, embora estivesse no exílio, afirmava-se como líder incontestado deste movimento.
Regressando em abril, Lenine declarou que os bolcheviques não apoiavam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados para pôr fim à guerra imperialista (Iª Guerra Mundial).
Publicou as conhecidas Teses de Abril que apelavam:
À retirada da guerra
Ao derrube do Governo
À confiscação da grande propriedade
À entrega do poder aos Sovietes, dando aos bolcheviques maior protagonismo, impondo-se nos Sovietes.
Estas teses de Lenine tiveram grande adesão devido:
À inflação galopante
Às constantes derrotas sofridas nas frentes de guerra.
Tudo isto tornou o Governo Provisório fraco, incapaz de impor alguma ordem, pois os Sovietes apoderavam-se quase livremente de fábricas nas cidades e terras nas províncias.
No dia 25 outubro de 1917 os Guardas Vermelhos (milícia formada pelos bolcheviques entre a Revolução de fevereiro e a Revolução de outubro) ocuparam pontos estratégicos em Petrogrado (correios, pontes, estações ferroviárias, assaltaram o Palácio de Inverno e derrubaram o Governo Provisório.
ERA A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO.
Iniciava-se uma nova etapa na construção do modelo soviético na Rússia, sob a orientação de Lenine.
A consolidação da Revolução de outubro seria o grande desafio imposto a Lenine e aos sovietes.
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